Obras a ler para a 1.ª fase do concurso:
O mar é o espaço natural das viagens, dos sonhos, dos mistérios e das lendas. Ler estas lendas é conversar baixinho com o mar, num país que não pode ser contado nem imaginado sem ele.
O principezinho - Antoine de Saint-Exupéry
«Vivi, pois, sempre só, sem ter ninguém com quem falar verdadeiramente, até uma avaria no deserto do Sara, há seis anos. Algo se partiu no motor do meu avião. E como não levava nem mecânico, nem passageiros, preparei-me para tentar executar, sozinho, uma reparação difícil. Para mim, era uma questão de vida ou de morte. Tinha apenas água suficiente para oito dias. Na primeira noite, adormeci deitado na areia, a milhas e milhas de qualquer terra habitada. Estava mais isolado que um náufrago numa jangada, em pleno oceano. Podem então imaginar a minha surpresa quando, ao romper do dia, uma vozinha curiosa me despertou. Dizia: — Por favor… Desenha-me uma ovelha!»
3º ciclo – Ensino Básico
O rapaz do rio - Tim Bowler
Jess é uma nadadora exímia e dedicada, e está à procura de um desafio único para testar a sua resistência. Mas quando o seu adorado avô, um artista irascível, sofre um ataque cardíaco, ela concentra toda a sua energia em cuidar dele.
Embora bastante debilitado, o avô quer que toda a família vá de férias para a sua terra natal. Lá, Jess encontra um rio que é perfeito para nadar, o mesmo que serve de inspiração à pintura mais recente do seu avô, intitulada O Rapaz do Rio. À medida que a imagem sombria de um rapaz toma forma na tela, Jess conhece um jovem misterioso que parece ser capaz de nadar tão bem quanto ela.
Será que Jess descobrirá quem é o rapaz do rio? E como irá ela superar a perda daquele avô tão querido? Como irá descobrir-se a si própria, ela, a nadadora que o rio desafiava com a ambiguidade fugidia dos sonhos?
O velho e o mar - Ernest Hemingway
Santiago, um velho pescador cubano, está há quase três meses sem conseguir pescar um único peixe, quando o seu isco é finalmente mordido por um enorme espadarte. O peixe imponente resiste, arrasta a sua canoa cada vez mais para o alto mar, na corrente do Golfo, e obriga a uma luta agonizante de três dias que o velho Santiago acabará por vencer, para logo se ver derrotado.
Com uma linguagem de grande simplicidade e força, Hemingway retrata nesta aventura poética a coragem humana perante as dificuldades e o triunfo alcançado apesar da perda.
Crónica do rei pasmado - Gonzalo Torrente Ballester
"A partir do pasmo extasiado do rei ao ver pela primeira vez uma mulher nua, e ao querer ver nua também a rainha, toda uma intriga se tece na corte, metendo nobres, inquisidores, uma afamada meretriz, um jesuíta português, a superiora do convento; toda uma tela de uma obra que bem justifica o qualificativo de pitoresca, num divertimento de primeira água.“ Numa sociedade como a de hoje, onde o erotismo tantas vezes deixou de ter um papel relevante porque a conquista é demasiado fácil, é importante reler estas páginas, onde o humor e a sátira nos encantam.»
Daniel Sampaio, in Prefácio