domingo, 30 de outubro de 2011

ETerna Biblioteca

Realiza-se, no Palácio Valenças – Sintra, nos dias 4 e 5 de novembro, o 9º Encontro de Professores e Educadores do Concelho de Sintra sobre Bibliotecas Escolares.




Consultem o programa e enviem a ficha de inscrição para a Divisão de Educação da Câmara Municipal de Sintra - ded@cm-sintra.pt .

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A ESMT na 8ª Maratona de Poesia de Sintra!




Os alunos da nossa escola foram convidados para participar na 8ª edição da Maratona de Poesia de Sintra.

No dia 20 de outubro, perto de 30 alunos da ESMT terão a oportunidade de dar voz aos poetas da sua escolha.

A Maratona de Poesia decorrerá na Vila Alda, em Sintra, e começa logo pela manhã com poesia para os meninos do pré-escolar e do 1º Ciclo, com a presença da palhaça Picolé; e à tarde para os alunos dos 2º e 3º Ciclos e para os do Secundáro.

Lê a continuação da notícia no sítio da Câmara Municipal de Sintra.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

D. Dinis, o Rei Poeta




Neto de Afonso X e filho de Afonso III. Subiu ao trono em 1279 e reinou durante 46 anos. Fundou a Universidade Portuguesa em Lisboa (1/III/1290). Transferida para Coimbra em 1308. Determinou o uso da "língua vulgar" nos documentos oficiais, em detrimento da latina. Mandou traduzir as Sete Partidas e a Crónica Geral de Espanha, além de obras árabes de história e geografia. Do rei trovador restam 138 cantigas: 76 de amor, 82 de amigo e 10 de mal-dizer.

Por ocasião dos 750 anos do nascimento do Rei D. Dinis, recomenda-se a visita da exposição Dionisivs Rex -Documentos de D. Dinis na Torre do Tombo. Nela descobrimos alguns testemunhos  que nos permitem revisitar o reinado próspero e plurifacetado de uma das figuras régias mais bem sucedidas da história de Portugal .




 Notação musical de cantigas de amor de D. Dinis

Fragmento descoberto pelo Prof. Harvey L. Sharrer, em 1990



Segundo o musicólogo Manuel Pedro Ferreira, este fragmento, "transmite-nos canções de um dos mais prestigiados reis de Portugal, que foi simultaneamente um dos mais famosos trovadores galego-portugueseses; foi escrito mais de duzentos anos antes das cópias através das quais os poemas nos eram conhecidos; permite vislumbrar as caracteríticas do cancioneiro perdido que em tempos integrou; e, sobretudo, inclui notação musical - a primeira que nos aparece em cantigas d' amor - o que faz dele o mais antigo documento conhecido com música profana de origem portuguesa."


Descobre mais na Torre do Tombo.


" O que nunca cuidei a dizer"

O que nunca cuidei a dizer,
com gram coita, senhor, vo-lo direi,
porque me vejo já por vós morrer
(ca sabedes que nunca vos falei
de como me matava voss´amor):
ca sabe Deus bem que doutra senhor,
que eu nom havia, mi vos chamei.
E tod´aquesto mi fez(o) fazer
o mui gram medo que eu de vós hei,
e, des i, por vos dar a entender
que por outra morria ( de que hei,
bem sabe Deus, mui pequeno pavor);
e des hoimais, fremosa mià senhor,
se me matardes, bem vo-lo busquei.
E creede que have(er)ei prazer
de me matardes, pois eu certo sei
que esso pouco que hei de viver
que nem-um prazer nunca veerei;
e, porque sõo esto sabedor,
se mi quiserdes dar morte, senhor,
por gram mercee (eu) vo-lo terrei.


 O que vos nunca cuidei a dizer






Base de dados disponibilizada pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Contém:
  • a totalidade das cantigas medievais presentes nos cancioneiros galego-portugueses;
  • as respetivas imagens dos manuscritos;
  • a música (quer a medieval, quer as versões ou composições originais contemporâneas que tomam como ponto de partida os textos das cantigas medievais).