Neto de avó africana, o filho primogénito de Cristóvão Vieira Ravasco e de Maria de Azevedo nasce em Lisboa, em 1608. Aos 6 anos, parte com a família para o Brasil. Num país onde a cultura e a civilização são veiculadas pelos jesuitas, o jovem estudante ingressa aos 15 anos para a Companhia de Jesus. É ordenado sacerdote em 1635. Ensina então Teologia no Colégio Baiano. A partir de 1638, prega alguns dos seus mais notáveis sermões. Em 1641, regressa a Portugal, onde cresce a sua notoriedade como orador. Tendo já sido nomeado pregador régio, Padre António Vieira é ainda destacado para várias missões diplomáticas na Holanda, França e Itália. Em 1653, regressa ao Brasil como missionário, envolvendo-se no conflito entre colonos e os jesuitas que condenam a exploração dos indígenas. De novo em Portugal, e sem o seu protetor, D. João IV, entretanto falecido, acaba por ser preso pela Inquisição sob a acusação de defender os judeus. Alterando-se a situação política em Portugal, Padre António Vieira é amnistiado. Desloca-se então, como diplomata, a Roma, onde continua a defender os judeus e a granjear reputação pelos seus elevados dotes de orador. De regresso a Lisboa, constata amargamente que a perseguição aos cristãos-novos se mantém. Assim, e tendo perdido os apoios políticos na capital, retira-se definitavamente para a Baía, onde ocupa o cargo de Visitador Geral dos Jesuítas no Brasil, até 1691. Falece a 18 de julho de 1697, aos 89 anos.
Para contextualizares a vida e obra de Padre António Vieira consulta o sítio das Vidas Lusófonas onde encontrarás, entre outros dados, as respetivas tábuas cronológicas.
Grandes Livros - Episódio 6: "Sermão de Santo António aos Peixes", Padre António Vieira
Agora que está prestes a surgir mais uma feira do livro, não queremos deixar de revelar o que, ainda antes do Natal, foi adquirido para deliciar os jovens dos 7 aos 77.
- VALÉRIAN E LAURELINE -
Nas Imediações do Grande Nada
Instalados num asteróide perdido algures no cosmos, Valérian e Laureline tornaram-se pequenos comerciantes para sobreviver. O negócio não corre muito bem, mas o que lhes interessa sobremaneira é obter informações sobre o desaparecido planeta Terra. Quando sabem que se prepara uma expedição para explorar o Grande Nada, esse mítico território desconhecido nos confins do universo, os dois heróis acham que esta é a grande oportunidade para restabelecerem contacto com o seu passado perdido. Esperam-nos as monstruosas pedras negras...
O AbreTempo
A guerra está a devastar Simlane, o planeta onde Valérian ganhou, noutros tempos, uma espécie de concurso de repovoamento. Mas acontece o mesmo em todas as grandes civilizações do universo, postas a ferro e fogo pelas monstruosas pedras mudas Wolochs. O próprio Ponto Central, gigantesco planeta artificial onde tinham assento todos os embaixadores do cosmos, não é mais do que montão de ruínas. Os dois heróis decidem então organizar uma expedição que revisita todas as aventuras da série e constitui a última oportunidade de concluir em beleza as suas incontáveis peregrinações.
- ADÈLE BLANC-SEC -
O Sábio Louco
No começo do ano de 1912, os habitantes de Paris tremem de frio num Inverno particularmente rigoroso. Mas o que a capital francesa ignora é que dentro de poucos dias irão tremer de medo quando o monstro da torre Eiffel surgir à luz do dia. Robert Esperandieu, homem de ciência, não descansa enquanto não consegue envolver Adèle Blanc-Sec nos acontecimentos extraordinários associados ao despertar de um pitecantropo com quase meio milhão de anos...
O Demónio dos Gelos
O navio Anjou, em rota de Murmansk para o Haver, cruza as águas geladas do Árctico em busca de uma passagem segura. Nas suas observações, o capitão do navio é confrontado com uma situação por demais insólita: uma embarcação praticamente intacta no topo de um enorme iceberg. Uma chalupa é arreada e um punhado de homens explora o navio, onde encontram os cadáveres intactos dos tripulantes. Dali assistem, impotentes, ao afundamento do Anjou.
- ALIX -
Ano 53 a.C. Alix, um jovem escravo dos romanos, fica a saber quais são as suas origens. O amo, o patrício romano Honorus Galla, revela-lhe antes de morrer qu os seus pais eram mercenários gauleses de uma tribo que combateu ao lados dos romanos. E que, por essa razão, tinha decidido protegê-lo...
Assim começa a longa saga de Alix cujas aventuras poderás, agora, acompanhar nestes dois álbuns.
- GASTON -
As aventuras deste empregado de escritório e moço de recados na Editora Dupuis não deixam ninguém indiferente. Gaston é conhecido pela sua tremenda preguiça e tendência para provocar situações embaraçosas.
- VASCO -
O ouro e o Ferro
Corre o ano de 1347. Na área do que é hoje a Itália, dizimada por um surto de peste negra, surge uma estranha personagem. Rienzo reclama o apoio do Papa e promete derrubar a ditadura dos nobres que oprimem o povo. Ninguém sabe ao certo quem é o homem que assegura de imediato o apoio do banqueiro Tolomei de Siena.
Este destaca os seus sobrinhos Vasco e Lorenzo para ajudarem Rienzo a transportar até Roma o ouro que financiará a revolva. A operação é organizada em segredo, mas Vasco suspeita de uma traição e prepara-se para o pior.
O Prisioneiro de Satanás
A missão diplomática de que Vasco é incumbido junto do Papa, instalado em Avinhão, não parece complicada. No entanto, todas as previsões falham: a audiência é um fiasco e o regresso a Itália transforma-se num pesadelo. Há quem pretenda impedir por todos os meios que o herói regresse a casa. Em Roma, tudo corre mal a Cola di Rienzo, líder de um movimento que quer instaurar um governo "bom e justo". O povo começa a inquietar-se com os sonhos delirantes do chefe e só Vasco, dado como morto, pode salvar o regime...
Ainda no âmbito da literatura juvenil, encontrarás outro número da coleção "As Feras Futebol Clube" de Joachim Masanneck. Desta vez, trata-se de Rocce, o Mágico.
Depois de lutarem até ao último minuto para ganharem o título do campeonato, As Feras Futebol Clube saboreiam o êxito. Mas, há alguém que também contribuiu para o triunfo: Annika, uma misteriosa rapariga que um dia encontraram a treinar sozinha no Caldeirão do Diabo.
Annika é uma verdadeira artista do futebol e o domínio que tem sobre a bola deixa-os boquiabertos.
Durante o último jogo do campeonato, Annika aparece, inesperadamente, para assistir à partida. Rocce faz das tripas coração e pergunta-lhe se quer fazer parte da equipa, mas ela recusa a fantástica oferta e As Feras decidem vingar-se.
Para aqueles que acompanham a reedição do grande clássico da escritora Enid Blyton, sugere-se mais uma aventura de "As Gémeas".
«Ah, estas inglesinhas! Quando querem ser simpáticas, ninguém lhes chega aos calcanhares!», exclamou a Mademoiselle.
A Patrícia e a Isabel estão dispostas a dar tudo por tudo neste período, mas… ninguém consegue resistir a pregar umas belas partidas à Mademoiselle!
Vai haver mais sarilhos em Santa Clara!
- Sandokan - O Pirata da Malásia -
Sandokan, o Tigre da Malásia, é um pirata que espalha a morte e o terror pelos mares da Malásia. Mas a sua generosidade também é enorme. Juntamente com o português Eanes, Sandokan e os companheiros, tudo irão fazer para salvar Ada Corishan e libertar o seu noivo Tremal-Naik, o corajoso caçador de tigres, aprisionado pelo inglês James Brooke.
Estes são apenas alguns dos livros que poderás requisitar durante as férias do Natal.
Eça de Queirós, in 'A Correspondência de Fradique Mendes'
Eça de Queirós por Rafael Bordalo Pinheiro
Nasce na Póvoa do Varzim, no dia 25 de novembro de 1845. Filho natural do juiz José Maria de Almeida Teixeira de Queirós, então delegado do procurador régio em Ponte de Lima, e de Carolina Augusta Pereira de Eça, residente em Viana do Castelo - foi entregue aos cuidados de uma ama em Vila do Conde, em cuja igreja matriz foi batizado a 1 de dezembro.
No estado em que se encontra o País, os homens inteligentes que têm em si a consciência da revolução - não devem instruí-lo, nem doutriná-lo, nem discutir com ele - devem farpeá-lo. As «Farpas» são pois o trait, a pilhéria, a ironia, o epigrama, o ferro em brasa, o chicote - postos ao serviço da revolução.
Carta a João Penha, Jun. 1871
As Farpas Capa do vol. 1 (Maio de 1871) BN PP. 7311 P.
A «crise» é a condição quase regular da Europa. E raro se tem apresentado o momento em que um homem, derramando os olhos em redor, não julgue ver a máquina a desconjuntar-se, e tudo perecendo, mesmo o que é imperecível - a virtude e o espírito.
In «A Europa», 1888
«A Europa»
Eça de Queirós
In O Repórter, nº 79 (20 Mar.), Lisboa 1888, p. [1]
BN J. 577 G.
Grandes Livros - Episódio 1: "Os Maias", Eça de Queirós (Parte 1/5)
Grandes Livros - Episódio 1: "Os Maias", Eça de Queirós (Parte 2/5)
Grandes Livros -Episódio 1: "Os Maias", Eça de Queirós (Parte 3/5)
Grandes Livros - Episódio 1: "Os Maias", Eça de Queirós (Parte 4/5)
Grandes Livros - Episódio 1: "Os Maias", Eça de Queirós (Parte 5/5)
Bibliografia ativa
O Mistério da Estrada de Sintra (romance) (em colaboração com Ramalho Ortigão), 1870 ; 2000
As farpas : chronica mensal da politica das letras e dos costumes (crónicas) (em colaboração com Ramalho Ortigão), 1871 ; 2004
O Crime do Padre Amaro (romance), 1875 ; 2000
O Primo Basílio (romance), 1878 ; 2001
O Mandarim (romance), 1880 ; 2003
A Relíquia (romance), 1887 ; 2003
Os Maias (romance), 1888 ; 2003
Uma Campanha Alegre (crónicas), 1890 ; 1988
Almanaque Enciclopédico (divulgação), 1895 ; 2001
A Correspondência de Fradique Mendes (romance), 1900 ; 1999
A Ilustre Casa de Ramires (romance), 1900 ; 2004
A Cidade e as Serras (romance), 1901 ; 2001
Realiza-se, no Palácio Valenças – Sintra, nos dias 4 e 5 de novembro, o 9º Encontro de Professores e Educadores do Concelho de Sintra sobre Bibliotecas Escolares.
Os alunos da nossa escola foram convidados para participar na 8ª edição da Maratona de Poesia de Sintra.
No dia 20 de outubro, perto de 30 alunos da ESMT terão a oportunidade de dar voz aos poetas da sua escolha.
A Maratona de Poesia decorrerá na Vila Alda, em Sintra, e começa logo pela manhã com poesia para os meninos do pré-escolar e do 1º Ciclo, com a presença da palhaça Picolé; e à tarde para os alunos dos 2º e 3º Ciclos e para os do Secundáro.
Neto de Afonso X e filho de Afonso III. Subiu ao trono em 1279 e reinou durante 46 anos. Fundou a Universidade Portuguesa em Lisboa (1/III/1290). Transferida para Coimbra em 1308. Determinou o uso da "língua vulgar" nos documentos oficiais, em detrimento da latina. Mandou traduzir as Sete Partidas e a Crónica Geral de Espanha, além de obras árabes de história e geografia. Do rei trovador restam 138 cantigas: 76 de amor, 82 de amigo e 10 de mal-dizer.
Por ocasião dos 750 anos do nascimento do Rei D. Dinis, recomenda-se a visita da exposição Dionisivs Rex -Documentos de D. Dinis na Torre do Tombo. Nela descobrimos alguns testemunhos que nos permitem revisitar o reinado próspero e plurifacetado de uma das figuras régias mais bem sucedidas da história de Portugal .
Notação musical de cantigas de amor de D. Dinis
Fragmento descoberto pelo Prof. Harvey L. Sharrer, em 1990
Segundo o musicólogo Manuel Pedro Ferreira, este fragmento, "transmite-nos canções de um dos mais prestigiados reis de Portugal, que foi simultaneamente um dos mais famosos trovadores galego-portugueseses; foi escrito mais de duzentos anos antes das cópias através das quais os poemas nos eram conhecidos; permite vislumbrar as caracteríticas do cancioneiro perdido que em tempos integrou; e, sobretudo, inclui notação musical - a primeira que nos aparece em cantigas d' amor - o que faz dele o mais antigo documento conhecido com música profana de origem portuguesa."
"A Revolução Republicana: antecedentes, peripécias e significado.
O acto fundador do regime republicano e do Portugal moderno. Os seus protagonistas e acção.
O ideal republicano. Os símbolos da República."
A descobrir na exposição das BLX, de 1 a 7 de outubro, na tua biblioteca.
Joaquim Cesário Verde nasce, em Lisboa, a 25 de Fevereiro de 1855. O seu pai possui uma loja na capital e uma quinta em Linda-a-Pastora, o que leva o jovem a crescer entre os espaços citadino e rural.
Cesário desenvolve a sua verve poética no intervalo da actividade comercial que exerce no negócio familiar. Em vida, as suas publicações raramente colhem crítica favorável. Sucumbindo à doença que vitimara os seus irmãos, morre, tuberculoso, aos 31 anos.
Cesário Verde deixa-nos um retrato das últimas décadas da Lisboa oitocentista e da realidade do meio rural, num mundo votado à extinção perante o avanço da industrialização.
Poema declamado por Luís Gaspar (www.estudioraposa.com), conforme apresentado no Miradouro de Poesia existente no Espaço da Presidência da República no Second Life.
CONTRARIEDADES
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.
Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.
Sentei-me à secretária. Ali defronte mora
Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.
Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas!
Tão lívida! O doutor deixou-a. Mortifica.
Lidando sempre! E deve conta à botica!
Mal ganha para sopas...
O obstáculo estimula, torna-nos perversos;
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.
Que mau humor! Rasguei uma epopeia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais uma redacção, das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.
A crítica segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A Imprensa
Vale um desdém solene.
Com raras excepções, merece-me o epigrama.
Deu meia-noite; e a paz pela calçada abaixo,
Um sol-e-dó. Chovisca. O populacho
Diverte-se na lama.
Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim, por deferência, a amigos ou a artistas.
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.
Receiam que o assinante ingénuo os abandone,
Se forem publicar tais coisas, tais autores.
Arte? Não lhes convém, visto que os seus leitores
Deliram por Zaccone.
Um prosador qualquer desfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua "coterie";
Ea mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.
A adulação repugna aos sentimento finos;
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exactos,
Os meus alexandrinos...
E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a combustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe humedece as casas,
E fina-se ao desprezo!
Mantém-se a chá e pão! Antes entrar na cova.
Esvai-se; e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a cantarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!
Perfeitamente. Vou findar sem azedume.
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas,
Impressas em volume?
Nas letras eu conheço um campo de manobras;
Emprega-se a "réclame", a intriga, o anúncio, a "blague",
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras...
E estou melhor; passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe a luz no quarto. Inda trabalha. É feia...
Que mundo! Coitadinha!
Adaptação por Noé Touraldo; música de Amontron; com Pedro Ribeiro e Ana Machado - 2009
Andresen, Sophia de Mello Breyner. Quatre poetes portugais: Camões, Cesário Verde, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Paris: Centre Cultural Portugais, 1979
Atkinson, Dorothy M.. Notas sobre a estilystica de Cesário Verde, Lisboa: Tip. da Editorial Império, 1968
Buescu, Helena Carvalhão; Morão, Paula. Cesário Verde : visões de artista, Porto: Campo das Letras, 2007.
Continuação na Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.
Durante as férias de Verão, no workshop gratuito “Programa para Famílias”, podes fazer a primeira página do jornal com as notícias de actualidade ou aquelas que a tua família quiser.
Com o apoio de um grupo de monitores especializados, levarás impressa a tua primeira página e poderás vê-la, mais tarde, no site, na área “Galeria”. Fala com os teus familiares e inscreve-te já!
Título:я помнючудное мгновенье Autor: Alexander Pushkin
Música: Prelúdio para piano, Opus 28: Nº 4 Compositor: Frédéric Chopin Piano (a): Arthur Rubinstein Piano (b): Grigory Sokolov Duração:1:56' (a) ; 2:20' (b)