quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Festival "Olhares do Mediterrâneo"


No âmbito  da 10.ª edição do Festival "Olhares do Mediterrâneo", as turmas do 11º CT2, 11º CT5, 11º LH1, 11º LH2 e 11º LH3 tiveram a oportunidade de assistir a um ciclo de cinema numa sala própria e conhecer um pouco da produção cinematográfica das mulheres dos países mediterrânicos.

Esperamos, deste modo, proporcionar debates e reflexões sobre as temáticas abordadas e tornar o nosso público juvenil mais criterioso nas suas escolhas cinematográficas. 



 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Estafeta de Leitura

No âmbito da comemoração do Mês Internacional da Biblioteca Escolar, foi preparada uma Estafeta de Leitura, para a qual foram escalonadas todas as turmas da ESMT. Este ano letivo, foram selecionados os poemas "Pequena ode, em anotação quase biográfica", de Ana Luísa Amaral e "As causas", de Jorge Luís Borges.


Congratulamos, desde já, os nossos estafetas de leitura. 



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Ana Luísa Amaral
5 de abril de 1956, Lisboa // 5 de agosto de 2022, Porto
Poetisa, tradutora, professora

Pequena Ode, em Anotação Quase Biográfica

Bom dia, cão e gata,
por essa saudação e de manhã,
o corpo de veludo, a língua suave,
em simultânea tradução:
bom dia

Bom dia, sol, que entraste aqui,
me ofereces este espelho
onde me vejo agora, e tão de frente,
tornaste um pouco clara a folha de papel
e nela: em faixa transparente,
o tempo

Bom dia, coisas todas que brilham na varanda,
folha de japoneira, o nome cintilante,
o som daquele pássaro,
como se o mundo, de repente,
se fizesse mais mundo, e de maneira tal
que nunca mais se visse
escurecente o dia

Bom dia, gente pequenina
que não consigo olhar desta cadeira,
mas que está: formigas e aranhas,
minúsculos insectos
que hão-de morrer, mas aqui nascerão,
todos os dias

Bom dia, minha filha, igual a girassol,
quantas mais vezes te direi bom dia,
olhando o corredor,
tu, já não de baloiço, mas de amor
e pura filigrana,
eu, quase entardecendo

Bom dia, meu sofá,
onde me sento à noite, e devagar,
as flores que ora não são, ora às vezes
povoam esta mesa, a porta em vidro,
iluminada, em mais pura esquadria,
livros e quadros, curtas
fotografias em breve
desalinho

Bom dia, a ti também,
pelo perfume em fio que me trouxeste,
como se encera um chão rugoso de madeira,
os veios de uma planta desejosa de folhas,
ou mesmo as falhas na paz que me ofereceste,
e que desejo tua

Mesmo no tom cruel
que é acordar todos os dias
para um mundo sem sol em tantas mãos,
mesmo nesse desmando e tão violento curso
que é o mundo,
ainda assim, esta pequena anotação
de abrir os olhos e dizer bom dia,
e respirar de fresco o ar de tudo
em tudo –

Ana Luísa Amaral

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Jorge Luis Borges
24 de agosto de 1899, Buenos Aires, Argentina // 14 de junho de 1986, Genebra, Suíça
Escritor/Poeta/Ensaísta











As Causas

Todas as gerações e os poentes.
Os dias e nenhum foi o primeiro.
A frescura da água na garganta
De Adão. O ordenado Paraíso.
O olho decifrando a maior treva.
O amor dos lobos ao raiar da alba.
A palavra. O hexâmetro. Os espelhos.
A Torre de Babel e a soberba.
A lua que os Caldeus observaram.
As areias inúmeras do Ganges.
Chuang Tzu e a borboleta que o sonhou.
As maçãs feitas de ouro que há nas ilhas.
Os passos do errante labirinto.
O infinito linho de Penélope.
O tempo circular, o dos estóicos.
A moeda na boca de quem morre.
O peso de uma espada na balança.
Cada vã gota de água na clepsidra.
As águias e os fastos, as legiões.
Na manhã de Farsália Júlio César.
A penumbra das cruzes sobre a terra.
O xadrez e a álgebra dos Persas.
Os vestígios das longas migrações.
A conquista de reinos pela espada.
A bússola incessante. O mar aberto.
O eco do relógio na memória.
O rei que pelo gume é justiçado.
O incalculável pó que foi exércitos.
A voz do rouxinol da Dinamarca.
A escrupulosa linha do calígrafo.
O rosto do suicida visto ao espelho.
O ás do batoteiro. O ávido ouro.
As formas de uma nuvem no deserto.
Cada arabesco do caleidoscópio.
Cada remorso e também cada lágrima.
Foram precisas todas essas coisas
Para que um dia as nossas mãos se unissem.

Jorge Luis Borges, in "História da Noite"  
Tradução de Fernando Pinto do Amaral


quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Workshop "Ilustre Sintra"


No âmbito do festival “Ilustre Sintra”, apoiado pela CMS, e dinamizado pela Associação Hipopómatos da Lua, a turma 10.º AV1 participou num workshop com a ilustradora Paula Delecave e a curadora do festival Nazaré de Sousa. 
Os alunos foram convidados a criar um postal de colagens que ilustrasse memórias de uma ida a Sintra.
No meio de centenas de recortes, selecionaram criteriosamente aqueles que melhor dariam forma a recordações desse passeio. 
Os resultados estarão patentes ao público na Casa do Hipopómatos, na Biblioteca Municipal de Sintra, a partir de 7 de outubro.














quarta-feira, 14 de junho de 2023

Combater o racismo com as armas da História

No âmbito da Cidadania e Desenvolvimento, as turmas do 10.º ano, LH1 e LH2, desenvolveram um projeto englobando as disciplinas de História (com o núcleo de estágio da FCSH), Filosofia, MACS e Português. O projeto baseou-se na ideia de combater todas as formas de racismo, servindo também para comemorar o Dia Mundial da Diversidade Cultural Para o Diálogo e o Desenvolvimento, a 21 de maio. Partindo da análise de artigos atuais, os alunos debateram o tema, escreveram textos, poemas, desenharam e gravaram poemas de vários pontos do mundo (estes serão apresentados à posteriori neste site).


Clica aqui para aceder aos trabalhos do 10.º LH1






 E aqui, para os trabalhos do 10.º LH2 








quarta-feira, 19 de abril de 2023

"Cinema, cem anos de juventude" na Miguel Torga

No âmbito da parceria entre a ESMT e a Associação Cultural “Os Filhos de Lumière”, a turma 10.º AVI tem vindo a participar no projeto “Cinema, cem anos de juventude”, sob a orientação da professora de Desenho A, Teresa Rodrigues. 

Apoiado pela Câmara Municipal de Sintra, este projeto eminentemente experimental proporciona uma abordagem prática da literacia cinematográfica. Tal como os seus colegas europeus e de outros continentes, os nossos jovens reúnem-se com professores e profissionais de cinema para trabalharem o tema/questão do ano. Nestes encontros semanais, veem excertos de filmes e realizam exercícios que vão culminar com uma curta-metragem, a apresentar, posteriormente, no encontro nacional em que estarão presentes todas as equipas portuguesas envolvidas no projeto.

O programa "Outras histórias", da RTP1, acompanhou a equipa de filmagens e entrevistou os seus diferentes elementos, divulgando um projeto internacional que conquistou a nossa escola.


Clica aqui para ver a apresentação no programa na RTP1


quarta-feira, 8 de março de 2023

O discurso do Secretário-Geral da ONU, no dia 8 de março de 2023

Quando se comemora o Dia Internacional das Mulheres, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alerta o mundo para o longo caminho a percorrer para atingirmos a igualdade entre homens e mulheres.



Deixamos aqui a tradução do seu discurso, cuja versão original, em inglês, se encontra no site das Nações Unidas.   

"No mundo inteiro, o progresso nos direitos das mulheres está a desaparecer diante de nossos olhos. As últimas previsões estimam que, por este andar, serão necessários mais 300 anos para alcançar a plena igualdade de género.

As crises sucessivas atuais, desde a guerra na Ucrânia até à emergência climática, afetam principalmente mulheres e meninas. E como parte do retrocesso global contra a democracia, os direitos das mulheres sobre os seus corpos e a autonomia sobre suas vidas estão a ser questionados e negados.

Duas estatísticas tornam o nosso fracasso muito claro:

A cada dez minutos, uma mulher ou rapariga é assassinada por um familiar ou parceiro íntimo.

E uma mulher morre a cada dois minutos durante a gravidez ou o parto. A maioria dessas mortes são totalmente evitáveis.

No Dia Internacional da Mulher, devemos comprometer-nos a fazer melhor. Precisamos reverter essas tendências horríveis e defender as vidas e os direitos de mulheres e meninas, em todos os lugares.

Esta é uma das minhas principais prioridades e um pilar central do trabalho das Nações Unidas em todo o mundo.

Do Sudão do Sul a Mianmar, apoiamos mulheres e meninas em crise e garantimos que as suas vozes sejam ouvidas nos processos de paz.

A vice-secretária-geral, Amina Mohammed, visitou recentemente o Afeganistão com uma mensagem para as autoridades: mulheres e meninas têm direitos humanos fundamentais e nunca desistiremos de lutar por eles.

Este ano, o Dia Internacional da Mulher concentra-se em acabar com as lacunas de género na ciência, na tecnologia e na inovação. Globalmente, os homens têm 21% mais de possibilidades de estar online do que as mulheres – e acima de 50% mais de possibilidades em países com rendimentos baixos.

Mas mesmo os países mais ricos ficam a perder por causa dos estereótipos de género e do preconceito histórico. Na indústria de tecnologia, os homens superam as mulheres na proporção de dois para um. Na Inteligência Artificial, de cinco para um.

Big data é o novo ouro e a base das decisões políticas e de negócios de hoje. Mas muitas vezes ignora as diferenças de género – ou ”fecha os olhos” às mulheres.

Devemos todos devemos ficar alarmados com produtos e serviços que alimentam a desigualdade de género desde o início e utilizam a inteligência artificial para disseminar o patriarcado e a misoginia.

Os Silicon Valleys deste mundo não se devem tornar “Vales da Morte” para os direitos das mulheres.

As decisões médicas baseadas em dados de corpos de homens podem não só prejudicar as mulheres, como podem ser mortais.

A discriminação contra as mulheres na ciência e tecnologia é o resultado de séculos de patriarcado, discriminação e estereótipos prejudiciais. As mulheres representam apenas 3% dos Prémios Nobel em categorias científicas desde 1901. E as mulheres online – incluindo cientistas e jornalistas – são frequentemente alvo de discurso de ódio sexista e abuso destinado a silenciá-las e envergonhá-las.

Mas elas não serão silenciadas. Mulheres e meninas em todos os lugares estão exigindo os seus direitos, e as suas palavras reverberam em todo o mundo.

Precisamos de ação em várias frentes para garantir que mulheres e meninas possam contribuir plenamente para o conhecimento mundial por meio da ciência e da tecnologia.

Devemos derrubar barreiras - dos dados discriminatórios aos estereótipos - que afastam, desde cedo, as meninas do estudo de assuntos científicos.

Os decisores de todos os tipos devem ampliar a participação e a liderança das mulheres em ciência e tecnologia, por meio de cotas, se necessário.

Eles devem ser criativos, ampliando os canais de recrutamento e contratando por competências. E devem ser persistentes. A igualdade de género não acontecerá por si só; tem que ser priorizada e procurada. Essa abordagem está a obter resultados nas Nações Unidas, onde temos a nossa própria estratégia de paridade de género entre o nosso pessoal.

Também precisamos de ação para criar um ambiente digital seguro para as mulheres e responsabilizar tanto os perpetradores de abuso online quanto as plataformas digitais que os possibilitam.

As Nações Unidas estão a trabalhar com governos, sociedade civil, setor privado, e outros, para desenvolver um Código de Conduta destinado a reduzir danos e aumentar a responsabilidade em plataformas digitais, ao mesmo tempo que defende a liberdade de expressão.

Os direitos das mulheres não são um luxo que pode esperar até que resolvamos a crise climática, acabemos com a pobreza e criemos um mundo melhor.

Investir em mulheres e meninas é a maneira mais segura de elevar todas as pessoas, comunidades e países e alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Juntos, vamos trabalhar por um mundo mais inclusivo, justo e próspero para mulheres e meninas, homens e meninos, em todos os lugares."


O Agrupamento de Escolas Miguel Torga na prova municipal do CNL


No âmbito da 16.ª ed. do Concurso Nacional de Leitura, congratulamos o aluno Leonel Tavares de Pina, do 10.º CT4 , por se ter distinguido como um dos 3 finalistas da fase municipal, que decorreu a 3 de março, no Centro Olga Cadaval, em Sintra. O Leonel ficou, assim, automaticamente apurado para representar o concelho de Sintra, na fase distrital deste concurso.

Felicitamos ainda todos aqueles que participaram nesta prova a nível de escola e, em particular, os que se destacaram com os melhores resultados e aceitaram o desafio de representar o nosso agrupamento, em Sintra, a saber:

1º cicloHenrique Viegas e Jorge Nascimento

3º ciclo: Leonor Vilela

Ensino secundárioAdrianni Pacito



Leonel Tavares de Pina a receber o seu prémio






quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Exposição "Bestiário"

 


Está decorrer, na biblioteca da nossa escola, a exposição Bestiário. Inserida no projeto O Museu Fora de Si, esta exposição é constituída por obras da Coleção Municipal de Arte e das restantes coleções artísticas e científicas do Município que, direta ou indiretamente, remetem para um bestiário sintrense.

A primeira das três exposições do projeto O Museu Fora de Si está patente até 26 de fevereiro de 2023, na Adega da Quinta Nova da Assunção.