No âmbito da 9.ª ed. do festival de cinema no feminino, "Olhares do Mediterrâneo", 9 turmas do 11.º ano, da ESMT, acompanhadas pelos respetivos professores, foram ao Cinema São Jorge, no passado 17 de novembro.
173 alunos tiveram a oportunidade de assistir, numa das últimas grandes salas de cinema do nosso país, a um conjunto de curtas-metragens realizadas por mulheres que habitam a bacia do Mediterrâneo. Estes "olhares" proporcionaram-lhe uma abordagem sensível de temas/problemas do mundo que nos rodeia, e suscitaram debates e reflexões, em sala de aula.
«Memoria» de Nerea Barros (15’; doc.; Espanha)
O desaparecimento do Mar de Aral antecipa um futuro de catástrofes ecológicas. Neste filme, um antigo pescador conta a história de um mar que já não existe à neta, ainda criança.
«Lia» de Giulia Regini (15’; ficção, Itália)
Lia tem dezasseis anos e teve uma forte educação religiosa. Sente-se bem com os seus amigos, jovens que, como ela, vivem a moralidade cristã sem questionar demasiado os dogmas, mas tudo muda quando, num retiro, Lia descobre a intimidade, o prazer e a sexualidade.
«Memoir of a Veering Storm” de Sofia Georgovassili (14 ́; ficção; Grécia)
É uma manhã de Setembro e está prestes a rebentar uma tempestade. Uma mãe leva uma menina à escola de manhã, ma,s ao fim do dia, recolhe uma mulher. Anna, quinze anos, sai da escola sem ser vista e, com a ajuda do namorado, vai ao hospital. Ali, vai enfrentar um procedimento que a obrigará a crescer.
Trailer da curta "Memoir of a Veering Storm"
«Vientos de Primavera» de Carmen Pedrero (14 ́, ficção, Espanha)
Ao fim de quatro anos, Amelia vai tirar o colete ortopédico; finalmente vai poder usar calças e participar em visitas de estudo sem constrangimentos. Mas quando recebe uma má notícia, Amélia compreende que vai ter de aprender a aceitar-se.
Trailer da curta "Vientos de Primavera"
«Mesa Posta» de Beatriz de Sousa (10’30; documentário; Portugal)
A violência de uma vida mostrada na simplicidade dos gestos de quem a interpreta. Os hábitos, as crenças e os episódios de uma história de opressão são revelados no acto de pôr a mesa. Aí, a rutalidade da vida é confrontada na beleza da graciosidade dos objectos que a delimitam: a mesa é posta conforme a vida é contada.
«Warsha” de Dania Bdeir (16’; ficção; França, Líbano)
Mohammad é um operador de guindastes que trabalha em Beirute. Uma manhã oferece-se para cobrir um turno num dos guindastes notoriamente mais perigosos do Líbano. Longe do olhar dos outros, consegue viver o seu segredo e encontrar a liberdade.
PRÉMIOS
Menção Honrosa (sessão do Secundário) para MELHOR CURTA-METRAGEM: "Warsha", de Dania Bdeir
Prémio INATEL (sessão do Secundário) para MELHOR CURTA DE ESCOLA PORTUGUESA: "Mesa Posta", de Beatriz de Sousa.
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