terça-feira, 18 de janeiro de 2011
27 de Janeiro, dia de Memória do Holocausto
No âmbito da comemoração internacional do dia de Memória do Holocausto, recomenda-se a visita da exposição sobre Aristides de Sousa Mendes.
Nesta mostra fotográfica das Bibliotecas Municipais de Lisboa, evoca-se a figura ímpar do cônsul português que, contrariando as ordens de Salazar, acabou por salvar dezenas de milhares de judeus, durante a 2ª Guerra Mundial.
Na Biblioteca, de 20 e 30 de Janeiro.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
8- Linguagem. Linguística. Literatura
Consulta os recursos em linha sobre Literatura, através da ferramenta de marcadores sociais DIIGO.
Arquivo pessoano
Associação de Professores de Português
Casa Fernando Pessoa
Ciberdúvidas da língua portuguesa
Domínio Público - biblioteca digital brasileira
E-dicionário de termos literários
História da Língua Portuguesa
Literatura Portuguesa
MultiPessoa: Labirinto - Fernando Pessoa
P.E.N. Clube Português - Secção portuguesa da maior e mais antiga associação de escritores do mundo
Portal da Língua Portuguesa
Projecto Vercial -: a maior base de dados sobre Literatura Portuguesa
Rómulo de Carvalho
Old book illustrations
The Portuguese Portal of Fantasy and Science Fiction
Atlas das Paisagens Literárias de Portugal Continental
Dicionário de Personagens da Ficção Portuguesa
Jogos florais
FRANCÊS
Recursos diversificados para o ensino/aprendizagem da disciplina de Francês
Aprender francês com a TV5
Le point du FLE - sítio para aprender francês (exercícios de gramática, vocabulário, canções, etc...)
INGLÊS
agendaweb
TheFreeDictionary
Consulta diversos recursos digitais para a aprendizagem da língua e cultura inglesas no Scoop.it.
Arquivo pessoano
Associação de Professores de Português
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Rómulo de Carvalho
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Atlas das Paisagens Literárias de Portugal Continental
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FRANCÊS
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Aprender francês com a TV5
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TheFreeDictionary
Consulta diversos recursos digitais para a aprendizagem da língua e cultura inglesas no Scoop.it.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Miguel Torga
Descobre a biografia de Miguel Torga no sítio da Biblioteca Nacional
(O PAI À PROCURA DA PROFISSÃO)
como no rio
lavas, Engrácia,
dias a fio!
Com os pèzinhos...
Texto auto-biográfico do poeta
Descobre a biografia de Miguel Torga no sítio da Biblioteca Nacional
(O PAI À PROCURA DA PROFISSÃO)
Pouco tempo depois dos exames, o senhor Botelho mandou chamar meu Pai, e teve com ele uma longa conversa na minha presença. Era pena que eu não seguissse os estudos. Sabia das dificuldades em que vivíamos, que os tempos iam maus, e tudo o mais. Em todo o caso, visse lá se podia fazer um sacrifício e mandar-me para o liceu da Vila.
Meu pai sorriu tristemente. O senhor Botelho estava a mangar... Olha liceu! Só se empenhasse o cabo da enxada... Gostava, gostava, de me ver professor, ou médico, ou advogado. Mas nicles, faltava o melhor! E onde o não há, el-rei o perde... Já se lembrara do seminário. Aí é que talvez pudesse ser. Se arranjasse a meter-me de graça ou a pagar qualquer coisa pouca...
O mestre reagiu. Padre! País desgraçado, o nosso! Os melhores alunos que lhe passavam pelas mãos, ou ficavam ali amarrados à terra, a embrutecer, ou eram arrebanhados pela Santa Madre Igreja. Não! Tudo menos papa-hóstias. Então, antes o Brasil.
- É o que terá de mais certo... concluiu meu Pai, resignado. A cavar é que não fica. Bem bastou eu.
Não era a primeira vez que fazia tal afirmação. Mas nunca pusera nela tanta firmeza. Como que lhe veio à boca, naquele momento, toda a amargura de uma longa e atribulada crónica familiar, de que fora comparsa, que não queria ver prolongada em mim. Crónica que, de tão impressiva, se me gravara na memória através dos anos, um episódio ouvido hoje, outro amanhã.
Meu avô paterno, carreiro; meu avô materno, almocreve. Ambos honrados e trabalhadores, e ambos pobres toda a vida.
(...)
E compreendia que ali apenas me esperava um destino igual. Mas o Brasil ficava longe, e o seminário era ser padre...
- Pois tens de escolher!... - insistiu meu Pai, inflexível. - Aqui não te quero. Por isso, resolve.
Minha mãe ouvia-o, calada. Olhava-me com os seus olhos quase verdes, fundos, enxugava uma lágrima teimosa, e continuava a segar o caldo. Depois, a meu pedido, cantava. Perguntava-me o que havia de ser, e eu, sem hesitar, escolhia no seu longo reportório o diálogo dos dois namorados junto ao ribeiro.Eu admiro
como no rio
lavas, Engrácia,
dias a fio!
Com os pèzinhos...
Texto auto-biográfico do poeta
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