sábado, 1 de novembro de 2014

Exposição "Padre António Vieira"



Imperador da Língua Portuguesa



"Não há maior comédia do que a minha vida; 
e quando quero chorar ou rir, ou admirar-me 
ou dar graças a Deus ou zombar do mundo, 
não tenho mais do que olhar para mim” 


Neto de avó africana, o filho primogénito de Cristóvão Vieira Ravasco e de Maria de Azevedo nasce em Lisboa, em 1608. Aos 6 anos, parte com a família para o Brasil. Num país onde a cultura e a civilização são veiculadas pelos jesuitas, o jovem estudante ingressa aos 15 anos para a Companhia de Jesus. É ordenado sacerdote em 1635. Ensina então Teologia no Colégio Baiano. A partir de 1638, prega alguns dos seus mais notáveis sermões. Em 1641, regressa a Portugal, onde cresce a sua notoriedade como orador. Tendo já sido nomeado pregador régio, Padre António Vieira é ainda destacado para várias missões diplomáticas na Holanda, França e Itália. Em 1653, regressa ao Brasil como missionário, envolvendo-se no conflito entre colonos e os jesuitas que condenam a exploração dos indígenas. De novo em Portugal, e sem o seu protetor, D. João IV, entretanto falecido, acaba por ser preso pela Inquisição sob a acusação de defender os judeus. Alterando-se a situação política em Portugal, Padre António Vieira é amnistiado. Desloca-se então, como diplomata, a Roma, onde continua a defender os judeus e a granjear reputação pelos seus elevados dotes de orador.  De regresso a Lisboa, constata amargamente que a perseguição aos cristãos-novos se mantém. Assim, e tendo perdido os apoios políticos na capital, retira-se definitavamente para a Baía, onde ocupa o cargo de Visitador Geral dos Jesuítas  no Brasil, até 1691. Falece a 18 de julho de 1697, aos 89 anos.

Para contextualizares a vida e obra de Padre António Vieira, consulta o sítio das Vidas Lusófonas onde encontrarás, entre outros dados, as respetivas tábuas cronológicas.




Grandes Livros - Episódio 6: "Sermão de Santo António aos Peixes",
Padre António Vieira




Sermão de Stº António aos Peixes, obra integral em formato digital [pdf].


 

Padre António Vieira  e os Sermões do Rosário


O imperador da língua portuguesa foi também marcado pela contradição do seu tempo. Assim, enquanto Vieira defendia a liberdade dos índios, os seus sermões justificavam a escravatura dos negros como um mal cruel, mas necessário.


Em  "A pedagogia da escravidão nos Sermões do Padre António Vieira", os professores Amarilio Ferreira Jr. e Marisa Bittar analisam esta questão da escravatura africana no Brasil.





Bibliografia ativa no sítio da DGLB (Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas).


Exposição, na biblioteca, de 3 a 17 de novembro.











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